quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pode o coração sair pela boca?

As mão suam, as pernas tremem, a voz não sai e, se sai, chega atropelada e estridente ao ouvido do outro. Geralmente não falamos o que pensamos e sim o que jamais diríamos.
O coração acelera, a tensão deixa nossos músculos mais rígidos que uma rocha.
Algumas pessoas ficam vermelhas ou até roxas, dependendo da situação. Mas em todas, a pulsação fica desenfreada, dando a impressão de que sofreremos um ataque cardíaco.
Começa o extinto da defesa. Como se defender de tanta tensão, tanta vergonha?
Fugir?
A defesa é exatamente a fuga. Cada um com a sua.
Uns se esquivam, preferem inventar um pretexto para ir embora dali.
Uns se tornam pessoas ásperas, frias.
Tem gente que mente, finge qualquer outro estado emocional, que menospreza, que ignora a situação.
Tem quem ao invés disso, se esforce tanto para a fuga que acaba se entregando até demais. Depois passa por problemas "graves" de arrependimento.
Não importa quem, onde e em qual contexto, quando a gente encontra a pessoa "desejada", acontece em nós, uma revolução estranhíssima de sensações e sentimentos.
Eu uso o adjetivo "desejada" para amenizar a minha intenção.
Não falo em "amada" porque ainda não vamos falar do amor propriamente dito.
Estamos aqui, tratando da conquista.
Esse ser desejado e desejável, pode já ter estado nos nossos braços como também pode ainda ser apenas idealização, matéria não explorada e adquirida.
Mas tem que ser aquela pessoa para quem você olhe e se lembre de algo simples, que de repente vire algo único: um beijo, um olhar, uma palavra, um dia, um minuto, um filme ...alguma coisa que a pessoa desejada tenha tornado especial.
Por que será que a nossa emoção, nessa hora de encontro nos leva aonde talvez nem desejamos estar?
Por que será que perdemos pelo menos 50 % dos sentidos e da razão, da lógica também.
Por que nos tornamos "idiotas", patéticos e isentos de inteligência emocional?
Seria fisiológico? Psicológico? Por que afinal, nosso coração dispara nessas situações?
Segundo afirmações médicas :
"Quando sentimos alguma emoção, o corpo se prepara para uma possível reação, sendo assim o coração precisa aumentar a oferta de sangue para todo o corpo, pois é pelo sangue que eliminamos os metabólitos e reabastecemos os músculos e orgãos, por isso o coração é um dos primeiros a mudar de comportamento quando nos emocionamos..."

Psicólogos:

"Você sabe que o coração é só uma bomba.
Sua função é única e exclusivamente aquela de bombear para distribuir o sangue ao nosso corpo.
Quando temos algumas sensações, como as que você citou, a quantidade de adrenalina aumenta, fazendo com que a quantidade de sangue aumente indubitavelmente, tentando passar por aquela bombinha que temos. Imagine uma boiada aflita tentando passar por uma porteira ( de borracha, no caso). Essa porteira vai vibrar muito, assim como faz o seu coraçãozinho ..."

Estudante de medicina que acabou de estudar isso :

"Por causa da adrenalina produzida nas supra-renais."

Hahahahaha ...enfim, não sei se a gente poderia chamar essa reação, tão INESPERADA de boa ou de ruim.
Na verdade acho que é até saudável.
Imagine não ter por quem sentir o coração vibrando? Rasgando o peito?
Que vidinha chata seria essa, não?
O desejo por alguém, a vontade de estar junto, a emoção de um encontro são essenciais para uma composição mais emocionante da história de vida de cada um.

Renata.

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